TDAH em crianças: como diagnosticar e quando procurar ajuda especializada

PSI Camila Ferreira • 5 de maio de 2025

O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um dos transtornos neuropsiquiátricos mais comuns da infância, mas ainda é cercado por dúvidas e diagnósticos precipitados. Muitos pais se perguntam: “Será que meu filho tem TDAH ou está apenas passando por uma fase agitada?”

Neste artigo, vamos explicar o que é o TDAH, como ele se manifesta em crianças, quais são os sinais de alerta e por que é fundamental procurar um especialista para um diagnóstico correto e um acompanhamento eficiente.


O que é o TDAH?

O TDAH é um transtorno de origem neurobiológica, que afeta regiões do cérebro ligadas à atenção,motivação, ao controle dos impulsos e à autorregulação. Ele costuma se manifestar antes dos 12 anos e pode comprometer o desempenho escolar, as relações sociais e familiares da criança.

De acordo com a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), o TDAH não é causado por má criação, falta de limites ou preguiça, mas por um funcionamento cerebral diferente.


Principais sintomas de TDAH em crianças


O transtorno costuma apresentar sintomas em três dimensões:

1. Desatenção

  • Dificuldade em manter o foco por muito tempo;
  • Erros por descuido em tarefas escolares;
  • Parece não ouvir quando é chamado;
  • Esquece compromissos e objetos com frequência.

2. Hiperatividade

  • Fala demais ou interrompe os outros constantemente;
  • Está sempre em movimento, mesmo em situações que exigem calma;
  • Sobe em móveis ou corre sem motivo;
  • Agitação constante das mãos e pés.

3. Impulsividade

  • Dificuldade em esperar a sua vez;
  • Age sem pensar nas consequências;
  • Responde antes de ouvir a pergunta completa.

É importante lembrar que muitas crianças têm comportamentos agitados ou desatentos em algumas fases do desenvolvimento. O diagnóstico de TDAH só deve ser feito por um profissional capacitado, após uma avaliação criteriosa.


Como é feito o diagnóstico de TDAH em crianças?

O diagnóstico não é feito com um exame de sangue ou imagem. Ele depende de uma avaliação clínica completa, que pode incluir:


  • Entrevista com os pais e professores;
  • Observação do comportamento da criança em diferentes ambientes;
  • Aplicação de testes neuropsicológicos específicos.

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o diagnóstico deve ser realizado preferencialmente por profissionais como psicólogos com formação em neuropsicologia, psiquiatras infantis ou neurologistas pediátricos.

Um recurso importante nesse processo é a avaliação neuropsicológica, que permite identificar o perfil cognitivo da criança, ajudando a diferenciar o TDAH de outras condições que causam sintomas semelhantes, como ansiedade, dislexia ou depressão infantil.

O Ministério da Saúde destaca que o diagnóstico precoce pode evitar prejuízos escolares e sociais, além de melhorar a autoestima da criança e o convívio familiar.


Quando procurar ajuda?

Você deve buscar ajuda especializada quando perceber que os sintomas:

  • Estão presentes há mais de 6 meses;
  • Acontecem em mais de um ambiente (escola, casa, outros);
  • Estão afetando o desempenho escolar, social ou emocional da criança.

Evite diagnósticos baseados apenas em observações superficiais ou comparações com outras crianças. Cada caso é único e deve ser analisado com cuidado.


Conclusão: mais atenção, menos julgamento

Diagnosticar o TDAH de forma responsável é um passo essencial para garantir o bem-estar e o desenvolvimento saudável da criança. Com o apoio certo, é possível melhorar a concentração, reduzir a impulsividade e promover o equilíbrio emocional.

O papel da família é fundamental nesse processo — e o primeiro passo é buscar orientação profissional qualificada.


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